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Rev. bras. ter. intensiva ; 33(1): 125-137, jan.-mar. 2021. tab, graf
Article in English, Portuguese | LILACS | ID: biblio-1289056

ABSTRACT

RESUMO Objetivo: Estudar o impacto do retardo na admissão à unidade de terapia intensiva em mais do que 4 horas nos desfechos de pacientes críticos. Métodos: Este foi um estudo observacional retrospectivo, no qual pacientes adultos admitidos diretamente do pronto-socorro para a unidade de terapia intensiva foram divididos em dois grupos: Tempo Adequado, se admitidos dentro de 4 horas, e Admissão Retardada, nos casos em que a admissão demorou mais do que 4 horas para ocorrer. Compararam-se, entre os grupos, o tempo de permanência na unidade de terapia intensiva e a taxa de mortalidade na unidade de terapia intensiva e no hospital. Foi realizado pareamento por escore de propensão para correção de desequilíbrios. Utilizou-se uma análise de regressão logística para explorar retardo da admissão como fator independente de risco para mortalidade na unidade de terapia intensiva. Resultados: Durante o período do estudo, 1.887 pacientes foram admitidos diretamente do pronto-socorro para a unidade de terapia intensiva, sendo que 42% dessas admissões foram retardadas. Os pacientes com retardo tiveram permanências na unidade de terapia intensiva significantemente mais longas e maior mortalidade na unidade de terapia intensiva e no hospital. Esses resultados persistiram após pareamento dos grupos por escore de propensão. O retardo da admissão foi fator independente de risco para mortalidade na unidade de terapia intensiva (RC = 2,6; IC95% 1,9 - 3,5; p < 0,001). A associação de retardo e mortalidade na unidade de terapia intensiva surgiu após período de retardo de 2 horas e foi mais alta após período de retardo de 4 horas. Conclusão: O retardo da admissão do pronto-socorro para a unidade de terapia intensiva é fator de risco independente para mortalidade na unidade de terapia intensiva, sendo a associação mais forte após retardo de 4 horas.


Abstract Objective: To study the impact of delayed admission by more than 4 hours on the outcomes of critically ill patients. Methods: This was a retrospective observational study in which adult patients admitted directly from the emergency department to the intensive care unit were divided into two groups: Timely Admission if they were admitted within 4 hours and Delayed Admission if admission was delayed for more than 4 hours. Intensive care unit length of stay and hospital/intensive care unit mortality were compared between the groups. Propensity score matching was performed to correct for imbalances. Logistic regression analysis was used to explore delayed admission as an independent risk factor for intensive care unit mortality. Results: During the study period, 1,887 patients were admitted directly from the emergency department to the intensive care unit, with 42% being delayed admissions. Delayed patients had significantly longer intensive care unit lengths of stay and higher intensive care unit and hospital mortality. These results were persistent after propensity score matching of the groups. Delayed admission was an independent risk factor for intensive care unit mortality (OR = 2.6; 95%CI 1.9 - 3.5; p < 0.001). The association of delay and intensive care unit mortality emerged after a delay of 2 hours and was highest after a delay of 4 hours. Conclusion: Delayed admission to the intensive care unit from the emergency department is an independent risk factor for intensive care unit mortality, with the strongest association being after a delay of 4 hours.


Subject(s)
Humans , Adult , Emergency Service, Hospital , Intensive Care Units , Patient Admission , Retrospective Studies , Hospital Mortality , Length of Stay
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